LANÇAMENTOS DE LIVROS

Os lançamentos de livros acontecem na Área de Convivência do Cine Brasília, em meio à programação de formativas e exibições. Confira os títulos lançados na 57a edição do festival:

Lançamento da edição 76 da Revista Traços

1 de dezembro (domingo)
19h na Área de Convivência do Festival

A Revista Traços, publicação de rua que conecta cultura, arte e inclusão social, comemora seus nove anos de existência com o lançamento de sua mais nova edição durante o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. A revista de número 76 traz narrativas que inspiram e refletem sobre o papel da cultura na sociedade contemporânea e o evento de lançamento exibe, também, a série “Traços da Gente”, sobre a trajetória de pessoas que encontraram na revista uma oportunidade de recomeço, com histórias contadas pela voz de grandes artistas de Brasília.

Luz, Câmera... CRÍTICA! Arqueologia e Memória do Crítico Linduarte Noronha (Jornal A União, Anos 1950/1960), de Lucio Villar

2 de dezembro (segunda)
18h30 na Área de Convivência

O livro reúne coletânea de críticas publicadas por Linduarte Noronha, diretor do filme Aruanda (1960), de modo ininterrupto entre os anos 1950-1960 através das páginas culturais do centenário jornal A União (1893–2023). De um volume de mais de novecentas colunas revisitadas na pesquisa, foram selecionados sessenta e quatro escritos; com argúcia e refinamento nas apreciações estéticas, Noronha discorre sobre filmes, diretores e escolas cinematográficas que fizeram história no plano internacional e nacional. Ao aliar o exercício da crítica em conexão direta com o gênero da crônica, produziu textos de sabores diversos, revistos e redescobertos por cineastas, críticos e pesquisadores contemporâneos, colaboradores da presente obra. Uma publicação que celebra o jornalista e crítico que ele foi, antes da migração para o outro lado por trás das câmeras, nas duas efervescentes décadas de sua atuação.

Lúcio Vilar

Mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP/1995), na área de Rádio e TV, e Doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais (2015), com foco na produção cinematográfica paraibana dos  anos 1920. É docente da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) desde 2002, lotado no departamento de Mídias Digitais. É jornalista, com passagem pelo jornal Correio da Paraíba, além de produtor audiovisual onde assinou direção e roteiro dos documentários: ‘O menino e a bagaceira’, ‘Pastor de Ondas’, ‘Aruandando’, ‘Camará – O que eu sei contar é isso!’, ‘Kohbac – A maldição da câmera vermelha’ e os perfis ‘Doc Correio – 60 anos’ e ‘O homem é Pedro!’; foi secretário de Cultura de João Pessoa (exercício 2012); é fundador e produtor-executivo do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro que esse ano chega à sua décima nova edição e se encontra em pré-produção de seu primeiro longa-metragem documental cujo lançamento deverá ocorrer em dezembro de 2025.

Arábia: caminhos da escrita de um filme, de Affonso Uchoa e João Dumans

2 de dezembro (segunda)
18h30 na Área de Convivência

Este livro nos revela os bastidores do processo de criação do premiado filme Arábia (2017), trazendo trechos de entrevistas e pesquisas de campo realizadas por Laura Godoy e André Dumans Guedes, fragmentos do diário escrito pelo ator principal, Aristides de Sousa, fotografias de Vitor Graize e o roteiro, composto por cenas escritas antes, durante e após a filmagem, além do posfácio escrito pelo pesquisador e artista Sérgio de Carvalho (USP). “Durante os seis anos de sua realização, Arábia sempre foi um filme aberto ao acaso das circunstâncias, criado a partir da justaposição de ideias e experiências de fontes distintas, e realizado sempre em movimento”, nos contam os roteiristas e diretores Affonso Uchôa e João Dumans, no texto de apresentação da obra.

Affonso Uchôa

Cineasta e fotógrafo, vive e trabalha em Contagem. É roteirista e diretor de Arábia. Também dirigiu os filmes “Mulher à tarde”, “A vizinhança do tigre” e “Sete anos em maio”. Seus filmes foram exibidos em diversos festivais pelo mundo, como os Festivais de Roterdã (Holanda), Viennale (Áustria), Festival de Toronto (Canadá), Visions du Réel (Suíça) e Mostra de Tiradentes (Brasil). Em fotografia, é coautor das séries fotográficas Izidoro e Sangue de Bairro, expostas em espaços culturais de São Paulo e Belo Horizonte, e publicada em revistas fotográficas brasileiras e internacionais, como a Revista Zum (Brasil) e Quilo Journal (Inglaterra).

João Dumans

Natural de Ouro Preto, vive e trabalha em Belo Horizonte. É roteirista e diretor de “Arábia”. Dirigiu o longa “As linhas da minha mão”, escolhido Melhor Filme na 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes, e os curtas “Todo mundo tem sua cachaça” e “Guilherme Mansur – obra em desdobra”. Trabalhou como roteirista e montador em filmes como “Aquele que viu o Abismo”, “A vizinhança do tigre”, “Sete anos em maio”, “A cidade onde envelheço” e “Os residentes”.

Vinte e Cinco: Escritos de Cinema (1997-2022), de Luiz Joaquim

3 de dezembro (terça)
18h30 na Área de Convivência

A partir de textos feitos ao longo da trajetória jornalística e crítica de Luiz Joaquim, “Vinte e cinco: escritos de cinema (1997-2022)” traz um olhar para os filmes do cinema pernambucano, brasileiro e estrangeiro, equilibrando impressões e reflexões pessoais com o contexto da produção audiovisual nesses 25 anos. Como aponta Ivonete Pinto no prefácio: “Luiz Joaquim, que não escamoteia o traço do jornalista que é, vê o cinema tentando apreendê-lo e traduzi-lo.

Luiz Joaquim

Autor dos livros “Celso Marconi: o senhor do tempo” (2020, CEPE) e “Cinema brasileiro nos jornais” (2018, Ed. Massangana) além de artigos sobre cinema em publicações no Brasil e no exterior. É editor do site cinemaescrito.com, criado em 2007. Dirigiu os curtas-metragens “Eiffel” (2008) e “O homem dela” (2010). É jornalista, mestre em comunicação e atuou como repórter e crítico de cinema no Jornal do Commercio (Recife, 1997-2001) e na Folha de Pernambuco (2004-2016), tendo ainda chefiado o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco entre 2001 e 2017 além do bacharelado em Cinema e Audiovisual da Uniaeso (2017-2021), onde atuou até 2024. Foi vice-presidente da Abraccine (2019-2021), e esteve em 2021 como chefe de Audiovisual, Arte e Tecnologia da Prefeitura do Recife; atuando ainda, em 2022, como gestor do Museu da Imagem e do Som de Pernambuco (Mispe) e curador do Cinema São Luiz (Recife). Desde maio de 2023 responde pela coordenação do Cinema da Fundação Joaquim Nabuco e pela Cinemateca Pernambucana Jota Soares da Fundaj.

Das garagens para o mundo: como uma jovem geração de artistas independentes transformou o cinema brasileiro dos anos 2000, de Marcelo Ikeda

3 de dezembro (terça)
18h30 na Área de Convivência

Fruto da pesquisa de doutorado do autor, o livro investiga as origens e características de uma geração de cineastas que transformou os rumos do cinema brasileiro a partir de meados dos anos 2000. Começaram nas garagens, com filmes de baixíssimo orçamento, totalmente à margem, mas, pouco a pouco, suas obras foram alcançando prestígio artístico no Brasil e no exterior, como símbolo de ousadia, criatividade e juventude. O livro examina os condicionantes históricos que estimularam o reconhecimento e a legitimação dessa geração de realizadores dentro do campo institucionalizado do cinema brasileiro contemporâneo.

Marcelo Ikeda

Doutor em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com bolsa-sanduíche na Universidade de Reading (Inglaterra). Professor de Cinema e Audiovisual na Universidade Federal do Ceará (UFC), com diversas publicações sobre o cinema contemporâneo brasileiro. Autor dos livros Cinema brasileiro a partir da retomada: aspectos políticos e econômicos (2015), O cinema independente brasileiro contemporâneo em 50 filmes (2020), entre outros. Atua também como cineasta, crítico de cinema e curador. Mantém os sites www.cinecasulofilia.com e www.marceloikeda.com .

Cartas para elas, de Lina Távora

4 de dezembro (quarta)
18h30 na Área de Convivência

Em “Cartas para elas”, Lina escreve cartas para personagens ou personalidades do audiovisual. Mulheres – reais ou fictícias – que nos tocam e nos acompanham, a ponto de sentir como se fôssemos amigas. As cartas, então, rompem a barreira do provável, e se entregam ao mundo de possibilidades imaginárias. São 19 cartas, cada uma com uma ilustração de Bárbara Alpino.

Lina Távora

Cearense radicada em Brasília, é jornalista, escritora e mestre em Comunicação, com foco em cinema nacional e cinema de intimidade. Desde 2010, atua no Ministério da Cultura, tendo sido editora da revista Filme Cultura e produtora da Mostra Carmen Santos. Lina integra o Coletivo Arte Aberta (@arteaberta), que discute questões de gênero no audiovisual, e os Irmãos Estoicos (@irmaosestoicos), portal dedicado à filosofia.

Candango: Memórias do Festival - Volume 1, de Lino Meireles

4 de dezembro (quarta)
18h30 na Área de Convivência

 “Candango: Memórias do Festival” conta uma versão afetiva de mais de 50 anos de história do cinema brasileiro. Atores, diretores, organizadores e outros artistas relatam suas memórias em um formato ainda pouco usado na literatura jornalística: a história oral. Contar a história do Festival, com mais de 50 anos, significa contar a história do cinema nacional e da luta cultural contra a ditadura.

Lino Meireles

Lino Meireles nasceu em Brasília em 1982. É roteirista e diretor.

Depois da última Sessão de Cinema: Spcine, Audiovisual e Democracia, de Fabio Maleronka Ferron e Alfredo Manevy

5 de dezembro (quinta)
18h30 na Área de Convivência

O cinema em São Paulo viveu por décadas o sonho de ter uma política efetiva de fomento arquitetada em um arranjo local e com influência nacional. Se existia alguma dúvida de seu poder de atração e geração de renda, o mundo global multitela sobre conexões de internet emergiu para ser um novo padrão de acesso cultural. Para além das telas grandes, o cinema se ampliou junto a setores como televisão, streaming, games e publicidade, constituindo o campo do audiovisual. A criação da Spcine impulsionou esse setor na maior cidade do país e foi um marco político cultural inconteste. Em quarenta depoimentos inéditos, o leitor poderá se aprofundar na forma como produtores, cineastas, empresários, associações do setor, gestores públicos e políticos analisam o impacto do cinema e da Spcine a partir do que se realiza em São Paulo. A empresa pública estruturou editais de diversidade, potencializou produções locais, facilitou burocracias para filmagens pela cidade, lançou-se no video on demand com a Spcine Play e implantou um precursor circuito de salas públicas na periferia, dentro dos Centros Educacionais Unificados (CEUs). As entrevistas e os textos das páginas de Depois da última sessão de cinema se complementam como um documentário: histórias, ideias, conquistas, críticas contra a crise, projeções de futuro – elementos que compõem um panorama luminoso a todos aqueles que buscam entender as relações do fazer audiovisual com os bastidores políticos.

Alfredo Manevy

Possui doutorado em cinema na ECA-USP, pos-doutorado na Babelsberg Universitara (Alemanha) e é professor de cinema da UFSC, alem pesquisador em políticas culturais, tendo coordenado com outros profissores o Mapeamento do Audiovisual Catarinense. Foi secretário executivo no MinC no governo Lula (2008-2010) e coordenou a implantação da Spcine, ligada à prefeitura de SP, e foi presidente da empresa (2014-2016). Na sua gestão foram criadas a Sao Paulo Film Commision e o circuito Spcine de cinema. Dirigiu Lupicínio Rodrigues: Confissoes de um Sofredor (2022), documentário longa-metragem, exibido em mais de 15 festivais, e que foi premiado em Portugual como melhor filme do público no Festin.

Fabio Maleronka

Doutor pela USP. Foi Diretor de Programação e Eventos da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo (2013-2016), e responsável pela implantação do Circuito Municipal de Cultura da cidade de São Paulo, foi curador da Virada Cultural em 2014 e 2015. Conselho Gestor do Auditório Ibirapuera Oscar Niemeyer (2013 a 2016).  Conselho de Administração da Spcine – Empresa de Cinema e Audiovisual de São Paulo no período de 2015 a 2017. Em 2010 coordenou a  série Produção Cultural no Brasil que resultou em quatro livros e mais de 100 vídeos, tornando público o pensamento de importantes agentes da cultura brasileira. Iniciou a carreira profissional no Sesc Rio de Janeiro. Foi consultor do Ministério da Cultura em Brasília, pelo Centro de Gestão e Assuntos Estratégicos durante a gestão Gilberto Gil.

O Direito Econômico do Audiovisual: Economia, Política e Regime Jurídico do cinema no Brasil, de Nicholas Allem

5 de dezembro (quinta)
18h30 na Área de Convivência

O livro trata da legislação e economia política do cinema no Brasil, buscando debater possíveis caminhos de concretização do programa constitucional do desenvolvimento.

Nicholas Allem

Advogado há 12 anos na área da cultura e entretenimento. Mestre e Doutor em Direito Econômico pela USP. Fundador e Presidente do Instituto de Direito, Economia Criativa e Artes. Consultor da UNESCO e da Organização dos Estados Ibero-Americanos.

Hollywood e o mercado de cinema brasileiro: princípios de uma hegemonia, de Pedro Butcher

6 de dezembro (sexta)
18h30 na Área de Convivência

Investigação histórica que mergulha em documentos do Departamento de Estado e o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, bem como uma série de publicações internacionais, para revelar como o governo americano apoiou o processo de expansão internacional da indústria do cinema estadunidense, oferecendo uma contribuição decisiva para a construção de sua hegemonia no Brasil e em vários países do mundo.

Pedro Butcher

Jornalista, crítico de cinema, professor e pesquisador. Foi repórter e crítico dos jornais O Dia, Jornal do Brasil, O Globo e Folha de S. Paulo, e colaborador das revistas Bravo, Screen International e Cahiers du Cinéma. Faz parte da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). É professor do curso de cinema e audiovisual da ESPM-RJ.

A arte da crítica, de Luiz Fernando Zanin Oricchio

6 de dezembro (sexta)
18h30 na Área de Convivência

A partir de sua experiência de mais 30 anos como crítico do jornal “O Estado de São Paulo” e da cobertura de dezenas de festivais no país e no exterior, Zanin busca responder, com uma escrita ao mesmo tempo leve e elaborada, questões fundamentais sobre o exercício da atividade: O que é a crítica de cinema? Qual é a sua finalidade? A que estilo de escrita deve pertencer? O que é preciso para ser um crítico?

Luiz Fernando Zanin Oricchio

Crítico de cinema do jornal O Estado de S. Paulo e comentarista de cinema na Rede TVT (TV dos Trabalhadores). Presidiu a Abraccine (2011-2015). Editor do suplemento Cultura, do jornal O Estado de S. Paulo (2000-2009). Colunista do jornal O Estado de S. Paulo (2004-2015). Formado em Psicologia (USP), com pós-graduação em Psicologia Clínica (USP).

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