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Salomé vence Melhor Longa-metragem pelos Júris Oficial e Popular do 57º Festival de Brasília

Equipe de Salomé recebendo o Candango. Foto: Humberto Araujo

O fim de tarde e início da noite de sábado (7) em Brasília marcou as premiações da 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o mais antigo em atividade no país. Em cerimônia apresentada pelas atrizes Ana Luiza Bellacosta e Gleici Damasceno, foram distribuídos ao todo 49 prêmios e duas menções honrosas, atribuídos pelos júris compostos por 32 profissionais atuantes em todos os setores do audiovisual. 

Em 2024, o Festival de Brasília recebeu mais de 30 mil pessoas em sua estrutura montada no Cine Brasília, em Taguatinga, Planaltina e no Gama. Com mais de 600 participantes nas atividades do Ambiente de Mercado e Conferência Audiovisual, e 180 convidados nacionais, o projeto impactou a economia criativa local com a injeção de pelo menos 600 empregos diretos durante sua 57ª edição. 

Na premiação de longas-metragens da Mostra Competitiva Nacional, produções de Pernambuco e Minas Gerais se destacaram e levaram alguns dos principais prêmios distribuídos pelo Festival.

Salomé, filme do pernambucano André Antônio, garante vitória ao cinema queer, acumulando oito Candangos, entre eles os de Melhor Longa pelos Júris Oficial e Popular, o de Melhor Atriz Coadjuvante para Renata Carvalho, Melhor Roteiro, Direção de Arte e Trilha Sonora. 

Suçuarana, dos mineiros Clarissa Campolina e Sérgio Borges, arrebatou cinco troféus, incluindo os de Melhor Atriz para Sinara Teles e Ator Coadjuvante para Carlos Francisco, além dos prêmios técnicos de Fotografia, Edição de Som e Montagem. 

A Melhor Direção ficou nas mãos de Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna por Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá; o brasiliense Wellington Abreu venceu Melhor Ator por Pacto da Viola (DF); e Ruy Guerra recebeu uma menção honrosa do júri por A Fúria, conclusão da trilogia iniciada em Os Fuzis (1964). 

A categoria de curtas-metragens da Competitiva Nacional rendeu Candangos a produções de Pernambuco, São Paulo, Distrito Federal, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Júri Popular premiou Javyju – Bom Dia (SP), de Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães, e o Júri Oficial laureou Mar de Dentro (PE), filme de Lia Letícia. A pernambucana também levou Melhor Direção. 

E Seu Corpo é Belo, produção carioca de Yuri Costa, saiu com três Candangos da cerimônia: Melhor Ator para João Pedro Oliveira, Melhor Direção de Arte e Melhor Edição de Som. Carlandréia Ribeiro, atriz mineira, venceu Melhor Atriz por Mãe do Ouro (MG), de Maick Hannder, filme que arrebatou também Melhor Fotografia. A Melhor Trilha foi para a original de Kabuki (SC), de Tiago Minamisawa. 

Nicolau, artista brasiliense conquistou prêmio de Melhor Roteiro por Descamar (DF) e a consagrada Cristina Amaral saiu vencedora pela Montagem de Confluências (DF), de Dácia Ibiapina. O curta carioca Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro, foi motivo de menção honrosa por parte do Júri. 

A 57ª edição do Festival de Brasília conta com apoio da Câmara Legislativa do DF, Cinemateca Brasileira, Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial, Cine Brasília, Canal Brasil, Canal Like, Telecine, Globo e Metrópoles. É realizado pelo Instituto Alvorada Brasil e Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, em gestão compartilhada que se estende às três próximas edições do festival, culminando em 2026, na 59ª edição. Tem patrocínio do Sebrae e patrocínio master do Banco de Brasília – BRB.

Mostra Brasília elege longa de Renato Barbieri como Melhor Filme

A Mostra Brasília – 26º Troféu Câmara Legislativa distribuiu R$ 240.000,00 em prêmios na noite de 7 de dezembro. Renato Barbieri venceu três prêmios pelo longa-metragem Tesouro Natterer, de Melhor Filme pelo Júri Oficial, Melhor Roteiro e Trilha Sonora. O júri popular elegeu A Câmara, de Cristiane Bernardes e Tiago Aragão, como Melhor Filme. O multiartista Adriano Guimarães levou Melhor Direção e Direção de Arte por Nada

Ganhou como Melhor Curta pelo Júri Popular Manequim, de Danilo Borges e Diego Borges. O Júri Oficial elegeu como Melhor Curta Via Sacra, estreia do ator João Campos na direção em cinema. O filme também sagrou Gleide Firmino como Melhor Atriz, enquanto Eduardo Gabriel Ydiriuá, de Manual do Heroi, saiu como Melhor Ator. 

Os prêmios técnicos de Melhor Fotografia e Montagem foram, respectivamente, para Emília Silberstein, pelo filme Xarpi, de Rafael Lobo, e Silvino Mendonça, diretor de A Sua Imagem na Minha Caixa de Correio. Curiosamente, a menção honrosa do júri foi para a apresentadora e atriz Juliana Drummond pela performance na condução das apresentações da Mostra. 

Outros Candangos distribuídos na noite

A mostra competitiva paralela Caleidoscópio compôs júri próprio para distribuir dois prêmios entre os cinco filmes exibidos. Como Melhor Filme, o júri premiou Filhas da Noite (PE), de Henrique Arruda e Sylara Silvério; e como Prêmio Especial do Júri Topo (SP), de Eugenio Puppo saiu vencedor. 

O Candango de Melhor Filme de Temática Afirmativa do Festival, concedido pelo Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial – Codipir, foi para a cineasta piauiense radicada em Brasília Dácia Ibiapina, pelo curta Confluências.

Já o Prêmio Zózimo Bulbul, concedido pelo Centro Afrocarioca de Cinema e a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro – APAN, sagrou vencedores, de forma inédita, dois curtas-metragens e não um curta e um longa. Dois Nilos (RJ), de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro, e Mar de Dentro (PE), de Lia Letícia, levaram os prêmios Zózimo, concedido ao filmes que melhor trabalham pautas raciais no contexto das exibições competitivas. 

Demais prêmios concedidos

O júri da Associação Brasileira de Críticos de Cinema – Abraccine, sagrou em seu prêmio próprio os filmes Salomé como Melhor Longa e Kabuki como Melhor Curta. O Prêmio Marco Antônio Guimarães foi concedido ao filme Barreto, Fotógrafo das Lentes Nuas, de Miguel Freire, reconhecimento outorgado pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro – CPCB ao filme que melhor trabalha memória e arquivo do cinema brasileiro. 

O Prêmio Canal Brasil de curtas, no valor de R$ 15 mil para o Melhor Curta eleito por júri próprio laureou Kabuki (SC), de Tiago Minamisawa. O Canal Like ofereceu ao Melhor Longa pelo Júri Oficial um apoio de mídia e publicidade no canal, no valor de R$ 50 mil. O Correio Braziliense concedeu o Troféu Saruê, de melhor momento do festival, ao filme A Fúria, de Ruy Guerra e Luciana Mazzotti. 

Júris compostos por 32 membros em 2024

Em 2024, o Festival de Brasília contou com um time de seletos profissionais do audiovisual brasileiro nas mais distintas áreas do setor. São atores, curadores, professores, críticos de cinema, fotógrafos, realizadores e produtores. 

Entre os júris compostos para 2024 estão os curadores Heitor Augusto e Lila Foster, a atriz Mirella Façanha, o diretor Thiago Costa, a apresentadora Simone Zuccolotto, a diretora Sandra Kogut, a crítica de cinema Yasmine Evaristo e outros. A mostra competitiva Caleidoscópio contou júri próprio composto pelo cineasta Adirley Queirós, o jornalista José Geraldo Couto e a produtora Sara Silveira. 

O Júri do Prêmio de Melhor Filme de Temática Afirmativa foi formado por representantes do Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial, Renata Parreira, professora e cineasta, e Simone Borges, produtora cultural e diretora de elenco. 

O Prêmio Zózimo Bulbul, concedido pelo Centro Afrocarioca de Cinema e a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro – APAN, é composto pela produtora Larô Gonzaga, o diretor do Centro Afrocarioca de Cinema Vitor José Pereira, e o realizador Aristótelis thoti. 

Conheça todos os jurados do festival aqui.

Cine Brasília exibe Melhores Filmes do Festival no domingo (8) e segunda (9)

Tradicionalmente, o Cine Brasília apresenta os Melhores Filmes dos júris oficial e popular nas mostras Competitiva Nacional e Brasília nos dias que sucedem o Festival de Brasília. No domingo (8) serão exibidos os vencedores do Júri Popular, com sessões de A Câmara (DF), de Cristiane Bernardes e Tiago de Aragão, às 18h, e Salomé (PE), de André Antônio, às 20h.

 

Segunda-feira é dia de rever os títulos premiados pelo júri oficial com exibições de Tesouro Natterer (DF), de Renato Barbieri, às 18h, e novamente Salomé (PE), de André Antônio, às 20h. As sessões têm entrada franca. 

Conheça a lista completa de prêmios da 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Prêmios da Mostra Competitiva Nacional – Longas-metragens 

Melhor Longa-metragem pelo Júri Oficial
Salomé (PE), de André Antônio 

Melhor Longa-metragem pelo Júri Popular
Salomé (PE), de André Antônio 

Melhor Direção
Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna por Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá (MG)

Melhor Ator
Wellington Abreu por Pacto da Viola (DF) 

Melhor Atriz
Sinara Teles por Suçuarana (MG) 

Melhor Ator Coadjuvante
Carlos Francisco por Suçuarana (MG)

Melhor Atriz Coadjuvante
Renata Carvalho por Salomé (PE)

Melhor Roteiro
André Antônio por Salomé (PE) 

Melhor Fotografia
Ivo Lopes Araújo por Suçuarana (MG) 

Melhor Direção de Arte
Maíra Mesquita por Salomé (PE) 

Melhor Trilha Sonora
Mateus Alves e Piero Bianchi por Salomé (PE)

Melhor Edição de Som
Pablo Lamar por Suçuarana (MG) 

Melhor Montagem
Luiz Pretti por Suçuarana (MG)

Prêmio Especial do Júri
Ao cineasta Ruy Guerra, diretor de A Fúria (RJ) 

Prêmios da Mostra Competitiva Nacional – Curtas-metragens 

Melhor Curta-metragem pelo Júri Oficial
Mar de Dentro (PE), de Lia Letícia

Melhor Curta-metragem pelo Júri Popular
Javyju – Bom Dia (SP), de Kunha Rete e Carlos Eduardo Magalhães

Melhor Direção
Lia Letícia por Mar de Dentro (PE)

Melhor Ator
João Pedro Oliveira por E Seu Corpo é Belo (RJ)

Melhor Atriz
Carlandréia Ribeiro por Mãe do Ouro (MG) 

Melhor Roteiro
Nicolau por Descamar (DF) 

Melhor Fotografia
Fernanda de Sena por Mãe do Ouro (MG)

Melhor Direção de Arte
Caroline Meirelles por E Seu Corpo é Belo (RJ)

Melhor Montagem
Cristina Amaral por Confluências (DF)

Melhor Trilha Sonora
Ruben Feffer e Gustavo Kurlat por Kabuki (SC)

Melhor Edição de Som
Kiko Ferraz e Ricardo Costa por E Seu Corpo é Belo (RJ)

Menção Honrosa do Júri
Ao filme Dois Nilos (RJ), de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro 

Prêmios da Mostra Brasília – 26º Troféu Câmara Legislativa 

Melhor Longa-metragem pelo Júri Oficial
Tesouro Natterer, de Renato Barbieri 

Melhor Longa-metragem pelo Júri Popular
A Câmara, de Cristiane Bernardes e Tiago de Aragão

Melhor Curta-metragem pelo Júri Oficial
Via Sacra, de João Campos 

Melhor Curta-metragem pelo Júri Popular
Manequim, de Danilo Borges e Diego Borges

Melhor Direção
Adriano Guimarães pelo filme Nada

Melhor Ator
Eduardo Gabriel Ydiriuá pelo filme Manual do Heroi 

Melhor Atriz
Gleide Firmino pelo filme Via Sacra

Melhor Roteiro
Andrea Fenzl, Victor Leonardi, Renato Barbieri, Neto Borges e Rodrigo Borges pelo filme Tesouro Natterer 

Melhor Fotografia
Emília Silberstein pelo filme Xarpi 

Melhor Montagem
Silvino Mendonça pelo filme A Sua Imagem na minha Caixa de Correio 

Melhor Direção de Arte
Maíra Carvalho, Marcus Takatsuka e Nadine Diel pelo filme Nada 

Melhor Edição de Som
Guile Martins e Olívia Hernández pelo filme Nada

Melhor Trilha Sonora
Márcio Vermelho e Pedro Zopelar pelo filme Tesouro Natterer 

Menção Honrosa do Júri
À Juliana Drummond pela excepcional performance nas apresentações da Mostra Brasília – Troféu Câmara Legislativa da 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Prêmios da Mostra Caleidoscópio 

Melhor Filme
Filhas da Noite (PE), de Henrique Arruda e Sylara Silvério

Prêmio Especial do Júri
Topo (SP), de Eugenio Puppo

Prêmio de Melhor Filme de Temática Afirmativa 

Candango concedido pelo Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial – Codipir ao filme exibido pelo festival que melhor evidencia temáticas afirmativas.

Confluências (DF), de Dácia Ibiapina

Prêmio Zózimo Bulbul

Prêmio concedido por júri indicado pelo Centro Afrocarioca de Cinema e a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN). Excepcionalmente em 2024, o júri decidiu premiar dois curtas ao invés de um curta e um longa-metragem. São eles: 

Melhor Curta-metragem
Mar de Dentro (PE), de Lia Letícia 

Prêmio Especial do júri
Dois Nilos (RJ), de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro 

Prêmio Marco Antônio Guimarães

Prêmio concedido ao filme exibido que melhor trabalha memória e arquivo do audiovisual brasileiro, com júri indicado pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro – CPCB.

Barreto, Fotógrafo das Lentes Nuas (RJ), de Miguel Freire

Prêmio Abraccine 

Prêmio concedido por júri indicado pela Associação Brasileira dos Críticos de Cinema.

Melhor Longa-metragem
Salomé (PE), de André Antônio

Melhor Curta-metragem
Kabuki (SC), de Tiago Minamisawa

Prêmio Canal Brasil de Curtas 

Prêmio no valor de R$ 15 mil concedido pelo Canal Brasil ao Melhor Curta-metragem segundo júri montado pelo próprio canal.

Kabuki (SC), de Tiago Minamisawa

Troféu Saruê (Correio Braziliense) 

Troféu concedido pelo jornal Correio Braziliense ao melhor “momento” do Festival de Brasília.

A Fúria (RJ), de Ruy Guerra e Luciana Mazzotti

Prêmio Canal Like

Prêmio no valor de R$ 50 mil em apoio de mídia e publicidade em veiculação no Canal Like, concedido ao filme vencedor de Melhor Longa-metragem pelo Júri Oficial.

Salomé (PE), de André Antônio 

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