Finalmente, o Cine Brasília será palco para a exibição de filmes muito especiais fora de competição, em sessões que chamam a atenção para obras absolutamente essenciais por aquilo que mostram na sua tela, mas também por aqueles e aquelas que as realizam. Assim, no primeiro final de semana do evento veremos dois retratos de grandes artistas brasileiros (Cacá Diegues e Sergio Mamberti) e a atualização do olhar para um espaço retratado por um dos grandes momentos do nosso documentário, a Caravana Farkas. Uma outra sessão trará o mais recente trabalho de Lucia Murat, cineasta que recebe neste ano o prêmio Leila Diniz, que reconhece trajetórias femininas de destaque do cinema brasileiro. Também prestamos homenagem muito especial ao recém falecido Jean-Claude Bernardet, nome essencial não só do cinema brasileiro, mas especialmente do Festival de Brasília, e que até o fim de sua inquieta trajetória seguiu realizando obras (em parceria com o cineasta Fábio Rogério), entre as quais exibiremos quatro curtas em distintas sessões da programação. Por fim, uma sessão especial celebra ao mesmo tempo a história do cinema brasiliense, com a exibição de um importante curta que completa este ano 25 anos da sua estreia no Festival de Brasília, além de exibir um longa inédito realizado por uma cineasta de destaque no cenário do DF (Cibele Amaral) que reflete sobre o fazer cinematográfico e, também, sobre o nosso futuro como sociedade.
13 de setembro (sábado)
• 18h no Cine Brasília – Sala Vladimir Carvalho
Exibição com legendagem descritiva e audiodescrição
O documentário focaliza as lembranças do ator Sergio Mamberti, descortinando assim um panorama de mais de 60 anos de cultura brasileira por meio da trajetória deste grande ator, que também atuou como diretor e participou ativamente da política do nosso país.
Direção: Evaldo Mocarzel
Roteiro: Evaldo Mocarzel e Joaquim Castro
Direção de fotografia: Renato Ogatta
Trilha sonora: Marcus Siqueira
Edição de som: Miriam Biderman e Ricardo Reis
Montagem: Joaquim Castro
Evaldo Mocarzel é jornalista, cineasta e dramaturgo. Formado em cinema pela UFF e doutor em Artes pela USP, trabalhou como editor no O Estado de S. Paulo. Estudou na New York Film Academy e integrou o CPT de Antunes Filho. Dirigiu mais de 20 filmes, como À margem da imagem, Do luto à luta e Heroicas, e escreveu peças como RG, Kastelo, Satyricon e Paixão viva.
14 de setembro (domingo)
• 15h no Cine Brasília – Sala Vladimir Carvalho
Exibição com legendagem descritiva e audiodescrição
Documentário que mergulha na obra de Carlos Diegues, cineasta que retratou a história e o espírito do Brasil desde 1961. O longa navega entre os filmes dele e sua trajetória pessoal.
Direção: Lírio Ferreira e Karen Harley
Roteiro: Lírio Ferreira
Produtor: Diogo Dahl
Montagem: Mair Tavares e Daniel Garcia
Fotografia: Loiro Cunha
Edição de som: Waldir Xavier
Música: Ney Matogrosso, Carlos Malta e Pife Muderno
Lírio Ferreira dirigiu filmes como Baile Perfumado, Árido movie e Sangue azul, O menino d’olho d’água. Recebeu diversos prêmios em festivais nacionais e internacionais.
Karen Harley é premiada diretora e editora com uma carreira marcada por projetos que combinam sensibilidade artística e relevância social. Um de seus maiores trabalhos é o documentário Lixo extraordinário, indicado ao Oscar em 2011.
13 de setembro (sábado)
• 15h no Cine Brasília – Sala Vladimir Carvalho
Exibição com legendagem descritiva e audiodescrição
Nos anos 1960, a Caravana Farkas percorreu o Nordeste, registrando rostos, vozes, e as transformações sociais de um Brasil de outrora. Este filme retoma a travessia da Caravana, tecendo elos entre essas obras históricas e o Nordeste contemporâneo.
Direção e roteiro: André Moura Lopes e Arthur Lins
Direção de fotografia: Breno César
Trilha sonora: Anderson do Pife, Bruno Alves, Evaldo Filho e Xexéu da Paraíba.
Edição de som: Bruno Alves e Rafael Travassos
Montagem: Jaime Guimarães
Arthur Lins é diretor, roteirista e montador paraibano, autor do longa Desvio (Mostra Tiradentes, 2019) e dos curtas O plano do cachorro e O matador de ratos.
André Moura Lopes, atuante há mais de 20 anos no Ceará, é roteirista, diretor, fotógrafo, produtor e facilitador audiovisual. Realizou curtas como O tempo dilatou e Notas de Yakecan, exibidos em importantes polos audiovisuais do Brasil.
15 de setembro (segunda-feira)
• 9h no Cine Brasília – Sala Vladimir Carvalho
Exibição com legendagem descritiva e audiodescrição
O filme aborda a educação no Brasil unindo documental e ficção. Alunos relatam problemas como violência, racismo e feminicídio, trazendo experiências familiares. Impedidos de filmar em escolas sob operações policiais, criam performances para representar a realidade. Em outra escola, encenam Clara dos Anjos, de Lima Barreto, discutindo o abuso da protagonista e relacionando-o às vivências atuais.
Direção, roteiro e produção: Lúcia Murat
Produção executiva: Julia Levy
Direção de produção: Luna Mancini
Fotografia: Bacco Andrade
Produção e preparação de elenco: Luciana Bezerra
Edição: Mair Tavares e Marih Oliveira
Som direto: Heron Alencar
Edição de som: Mino Alencar
Música original e mixagem: Bernardo Uzeda
Na década de 1980, Lúcia Murat fundou a Taiga Filmes, produtora reconhecida como uma das mais importantes do Brasil. Ao longo da carreira, produziu mais de 20 filmes, dirigindo 15 deles, premiados em festivais internacionais de destaque. Sua obra mais recente, Hora do recreio, recebeu prêmio no Festival de Berlim 2025.
20 de setembro (sábado)
• 11h no Cine Brasília – Sala Vladimir Carvalho
Exibição com legendagem descritiva e audiodescrição
O filme une a literatura com o cinema e retrata um costume dos brasileiros: ler legendas.
Direção, roteiro: Marcius Barbieri
Fotografia: André Carvalheira
Sound design: Pauly di Castro
Montagem: Sergio Azevedo
Elenco: Luis Orione
Roteirista, diretor e montador de cinema, Marcius Barbieri também atua no teatro, é letrista e designer gráfico. Fundador da produtora 400 Filmes desde 2007, dirigiu 5 curtas autorais e montou 43 filmes (11 longas e 32 curtas). Está prestes a estrear seu sexto curta, Olho de Touro. Entre seus curtas: O cego estrangeiro (2000), Sexo virtual táctil (2003), A Lente e a Janela (2004), Entre Um (2005) e O Eixo do Homem (2006).
20 de setembro (sábado)
• 11h no Cine Brasília – Sala Vladimir Carvalho
Exibição com legendagem descritiva e audiodescrição
Arthur é um jovem diretor narcisista obcecado por sua ficção científica, onde Platane, um humano evoluído, enfrenta uma conspiração num futuro que parece perfeito. Míriam, produtora e melhor amiga, tenta viabilizar o projeto, mas Arthur sabota tudo e abandona. Anos depois, Míriam se torna uma diretora de sucesso, enquanto Arthur nunca realiza seu filme. Tarde demais, ele entende que o que perdeu foi a amizade dela.
Direção e roteiro: Cibele Amaral
Produção: Patrick de Jongh
Produtoras: 34 Filmes, Neo Córtex Entretenimento, DJS – De Jongh Studios
Produtoras associadas: Tao Luz e Movimento, Expresso Brasil Filmes, LK21 Produções, Anamaria Muhlenberg
Co-roteiristas: Cecília Bastos, Johil Carvalho
Produção de elenco: Tao Filmes
Direção de fotografia: Diego Garcia
Montagem: Fernanda Pacheco, Maurício A. Lustosa, Giovanna Saccoman
Direção de arte: Natália Keshi
Figurino: Lidiana Queiroz
Som direto: Gianluigi Ciminelli, Giancarlo Di Tommaso
Desenho de som: Patrick de Jongh, Fábio Carnèiro
Edição de som: De Jongh Studios & Vortex Immersive Music & Post Production
Color grading: Mia Mello
Trilha sonora original: Patrick de Jongh, Jorge Bittar, Alisson Batista de Melo, Herik Marcos
Elenco: Fábio Rabin, Criss Paiva, Claudio Heinrich, Naiara Lira, Jovane Nunes, André
Deca, Chico Sant’Anna, Madu Tavares, Rodolfo Cordón, Sérgio Fidalgo, Felipe Lima e Maria Garcia
Cibele Amaral é diretora e produtora de cinema com mais de 20 anos de atuação no Brasil e no exterior. Dirigiu curtas e longas premiados, como Momento Trágico, Um Assalto de Fé, Por que você não chora? e Rir Pra Não Chorar. Seus filmes passaram por festivais como Gramado, Brasília, Rio e Miami. Em 2025, lança três novos longas e finaliza a série Réus, enquanto prepara as filmagens de O Morto Na Sala.