FILMES

Informações sobre filmes do festival

MOSTRA 60 ANOS DO FESTIVAL DE BRASÍLIA

Para marcar o aniversário histórico do Festival no ano de 2025, apresentaremos dois longas que fizeram parte da seleção da primeira edição da Semana do Cinema Brasileiro, evento que deu origem ao Festival de Brasília, em 1965. Daquela safra especialíssima, trazemos um dos filmes mais influentes da história do nosso cinema, São Paulo Sociedade Anônima em nova cópia em 4K recentemente estreada mundialmente; e também o filme que deu à nossa principal homenageada do ano, Fernanda Montenegro, o prêmio de melhor atriz naquela primeira edição, A falecida. Finalmente, celebrando a exibição do seu novo e celebrado trabalho, O agente secreto, na abertura do Festival, trazemos uma sessão especial com três curtas de Kleber Mendonça Filho que foram exibidos em competição na programação de Brasília ao longo dos últimos 22 anos, chamando atenção para o papel histórico do evento no acompanhamento e revelação de nomes que se tornam, com o passar dos anos, decisivos no painel geral do cinema brasileiro.

São Paulo Sociedade Anônima

Ficção, 107 min, São Paulo, 1965, 12 anos

14 de setembro (domingo)
• 18h no Cine Brasília – Sala Vladimir Carvalho
Exibição com legendagem descritiva e audiodescrição

SINOPSE

Carlos (Walmor Chagas), um jovem da classe média paulistana, ingressa em uma grande empresa e posteriormente torna-se gerente de uma fábrica de autopeças. Apesar de trabalhar muito e ganhar bem, vive insatisfeito e sem perspectivas, refletindo sobre os efeitos da modernização e industrialização na sociedade.

FICHA TÉCNICA

Direção e roteiro: Luiz Sérgio Person
Direção de fotografia: Ricardo Aronovich
Música: Cláudio Petraglia
Montagem: Glauco Mirko Laurelli
Produção: Renato Magalhães Gouveia
Elenco: Walmor Chagas, Eva Wilma, Otello Zeloni, Darlene Glória, Ana Esmeralda, Etty Fraser e Kléber Macedo

LUIZ SÉRGIO PERSON

O cineasta e roteirista Luiz Sérgio Person (São Paulo, 1936-1976) estreou no cinema com São Paulo Sociedade Anônima (1965), abordando a vida urbana e os efeitos da industrialização, e O caso dos irmãos Naves (1967), baseado em história real ocorrida durante o Estado Novo, na qual dois irmãos foram forçados a confessarem um crime. Também atuou no teatro, fundando o Teatro Augusta em São Paulo, onde dirigiu diversas peças. Sua obra é marcada pelo realismo social e pelo engajamento com questões contemporâneas, consolidando-se como uma figura importante na cultura brasileira antes de sua morte prematura.

A falecida

Ficção, 85 min, Rio de Janeiro, 1965, 12 anos

16 de setembro (terça-feira)
• 11h no Cine Brasília – Sala Vladimir Carvalho
Exibição com legendagem descritiva e audiodescrição

SINOPSE

Zulmira (Fernanda Montenegro) é uma mulher obcecada pela ideia da morte, desejando um enterro luxuoso para compensar sua vida simples e miserável no subúrbio do Rio de Janeiro. Ao descobrir que está com boa saúde, fica abalada e, ao final, contrai tuberculose. Seu último desejo é um grande funeral, levando seu marido, Toninho (Ivan Cândido), a pedir dinheiro ao homem mais rico do bairro, Guimarães (Paulo Gracindo). Este revela um caso com Zulmira, sem saber que está falando com o viúvo, que passa a chantageá-lo.

FICHA TÉCNICA

Direção: Leon Hirszman
Roteiro: Leon Hirszman, Eduardo Coutinho, baseado na peça de Nelson Rodrigues
Direção de fotografia: José Medeiros
Música: Radamés Gnatalli
Montagem: Eduardo Coutinho e Leon Hirszman
Produção: Herbert Richers Produções Cinematográficas, Produções Cinematográficas Meta, Aloísio Leite Garcia, Joffre Rodrigues
Elenco: Fernanda Montenegro, Paulo Gracindo, Ivan Cândido, Nelson Xavier, Joel Barcellos, Hugo Carvana, Zé Kéti, Vanda Lacerda e José Wilker (não creditado)

LEON HIRSZMAN

Cineasta e documentarista, Leon Hirszman (Lins de Vasconcelos, 1937-1987) foi integrante do movimento Cinema Novo e iniciou sua carreira em cineclubes e no Centro Popular de Cultura (CPC), realizando curtas e documentários que refletiam seu engajamento político. Seu primeiro longa de ficção foi A falecida (1965), baseado em Nelson Rodrigues, e também dirigiu filmes como São Bernardo (1972) e Eles não usam black-tie (1981), todos considerados clássicos.

CURTAS-METRAGENS DE KLEBER MENDONÇA FILHO

Vinil verde

Ficção, 17 min, Pernambuco, 2004, 12 anos

13 de setembro (sábado)
• 17h no Teatro Sesc Sílvio Barbato – SCS

SINOPSE

Uma mãe presenteia sua filha com uma caixa de antigos discos de vinil coloridos, mas avisa que ela não deve tocar o disco verde. Quando a menina desobedece, acontecimentos estranhos começam a ocorrer.

FICHA TÉCNICA

Direção e fotografia: Kleber Mendonça Filho
Roteiro: Kleber Mendonça Filho e Bohdana Smyrnova
Montagem: Daniel Bandeira e Kleber Mendonça Filho
Produção e distribuição: Cinemascópio Filmes
Elenco: Gabriela Souza, Verônica Alves e Ivan Soares

KLEBER MENDONÇA FILHO

Kleber Mendonça Filho (Recife, 1970) é cineasta e roteirista pernambucano reconhecido internacionalmente por sua obra cinematográfica. Estreou com o curta Vinil verde (2004), que recebeu prêmios de melhor direção e melhor montagem no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Seu primeiro longa, O som ao redor (2012), foi aclamado pela crítica e ganhou o prêmio de melhor filme na 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no Festival de Cinema de Gramado. Aquarius (2016) e Bacurau (2019) foram premiados em festivais internacionais. Seu filme mais recente, O agente secreto, ganhou os prêmios de melhor ator (Wagner Moura) e melhor direção no Festival de Cannes 2025.

Noite de sexta, manhã de sábado

Ficção, 16 min, Pernambuco, 2006, 12 anos

13 de setembro (sábado)
• 17h no Teatro Sesc Sílvio Barbato – SCS

SINOPSE

Após uma festa na noite de sexta-feira, um homem liga para uma mulher que está em outro país. Eles conversam e tentam se conectar através da ligação, estabelecendo uma conexão íntima apesar da distância.

FICHA TÉCNICA

Direção, fotografia e montagem: Kleber Mendonça Filho
Roteiro: Bohdana Smyrnova e Kleber Mendonça Filho
Produção e distribuição: Cinemascópio Filmes
Elenco: Bohdana Smyrnova e Pedro Sotero

KLEBER MENDONÇA FILHO

Kleber Mendonça Filho (Recife, 1970) é cineasta e roteirista pernambucano reconhecido internacionalmente por sua obra cinematográfica. Estreou com o curta Vinil verde (2004), que recebeu prêmios de melhor direção e melhor montagem no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Seu primeiro longa, O som ao redor (2012), foi aclamado pela crítica e ganhou o prêmio de melhor filme na 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no Festival de Cinema de Gramado. Aquarius (2016) e Bacurau (2019) foram premiados em festivais internacionais. Seu filme mais recente, O agente secreto, ganhou os prêmios de melhor ator (Wagner Moura) e melhor direção no Festival de Cannes 2025.

Recife frio

Ficção, 25 min, Pernambuco, 2009, 10 anos

13 de setembro (sábado)
• 17h no Teatro Sesc Sílvio Barbato – SCS

SINOPSE

Uma inesperada mudança climática do Recife, que passa, repentinamente, de uma cidade tropical para uma fria e chuvosa. O filme mostra a adaptação de seus habitantes a essa nova realidade.

FICHA TÉCNICA

Direção, roteiro e fotografia: Kleber Mendonça Filho
Produção e distribuição: Cinemascópio Filmes
Elenco: Andrés Schaffer, Gilvan Soares, Christiane Santos, Yannick Ollivier, Lia de Itamaracá e Jr. Black

KLEBER MENDONÇA FILHO

Kleber Mendonça Filho (Recife, 1970) é cineasta e roteirista pernambucano reconhecido internacionalmente por sua obra cinematográfica. Estreou com o curta Vinil verde (2004), que recebeu prêmios de melhor direção e melhor montagem no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Seu primeiro longa, O som ao redor (2012), foi aclamado pela crítica e ganhou o prêmio de melhor filme na 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e no Festival de Cinema de Gramado. Aquarius (2016) e Bacurau (2019) foram premiados em festivais internacionais. Seu filme mais recente, O agente secreto, ganhou os prêmios de melhor ator (Wagner Moura) e melhor direção no Festival de Cannes 2025.

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