FILMES

Informações sobre filmes do festival

MOSTRA CALEIDOSCÓPIO

Assim como no ano passado, a mostra Caleidoscópio apresenta cinco longas cujos trabalhos estéticos e narrativos desafiam convenções de gêneros cinematográficos, trafegando com desenvoltura pela ficção e a não ficção, usando de códigos do cinema clássico, mas também do cinema experimental, da animação e do documentário. Assim como nas competitivas, os filmes da Caleidoscópio chegam de cinco estados brasileiros, e trazem assinaturas de realizadores e realizadoras com uma trajetória relevante no cinema brasileiro, alguns dos quais inclusive já passaram pela competição do Festival de Brasília em anos anteriores. Sua inclusão nessa mostra, assim como a dedicação especial de um júri montado especialmente pela Federação Internacional dos Críticos de Cinema (Fipresci) e de um júri jovem, exclusivamente voltados para esse conjunto de filmes, ajudam a reforçar a centralidade que a direção artística dá para esse conjunto de trabalhos no panorama atual do cinema brasileiro que o Festival de Brasília busca apresentar.

Nosferatu

Ficção, 88 min, São Paulo, 2025, 12 anos

15 de setembro (segunda-feira)
• 15h no Cine Brasília – Sala Vladimir Carvalho
Exibição com legendagem descritiva e audiodescrição

SINOPSE

Nosferatu chega a uma cidade fugindo de Van Helsing. Ele traz não só sua maldição, mas fantasmas do passado. Nessa fuga, ele mergulha numa dança macabra à procura de uma atriz e enfrenta o horror da eternidade e a dor de uma existência sem fim.

FICHA TÉCNICA

Direção: Cristiano Burlan
Roteiro: Cristiano Burlan, Emily Hozokawa, Fernanda Farias e Rodrigo Sanches
Direção de fotografia: Cauê Angeli
Direção de arte e cenografia: Mariko Ogawa, Seiji Ogawa
Trilha sonora original: Gabriel D’Incao e Pedro D’Incao
Desenho, edição e mixagem de som: Ricardo Zollner
Montagem: Cristiano Burlan, Lincoln Péricles, Renato Maia
Elenco: Helena Ignez, Jean-Claude Bernardet, Rodrigo Sanches, Paula Possani, Ana Carolina Marinho, Henrique Zanoni, Hélio Cícero, Biagio Pecorelli, Rebecca Leão, Camila Rios, Walter “Batata” Figueiredo, Ney Damacena

CRISTIANO BURLAN

Cristiano Burlan realizou mais de 20 filmes. Mataram meu irmão venceu o festival É Tudo Verdade e o Prêmio do Governador de São Paulo em 2013. Antes do fim recebeu o prêmio especial do júri da APCA em 2018. Os filmes Construção, Mataram meu irmão e Elegia de um crime formam a trilogia do luto, abordando a trágica história de sua família. Seu longa A mãe conquistou prêmios de direção e atriz no Festival de Gramado em 2022.

Palco Cama

Documentário, 70 min, Pernambuco, 2025, Livre

16 de setembro (terça-feira)
• 15h no Cine Brasília – Sala Vladimir Carvalho
Exibição com legendagem descritiva e audiodescrição

SINOPSE

Palco cama é um mergulho íntimo e inédito no universo criativo de José Celso Martinez Corrêa. Filmado no seu quarto, em sua cama – espaço de repouso, transas, amores, sonho e criação – o teatrólogo transforma o cotidiano em cena, fazendo da cama o seu palco. Em uma entrevista que expões todo o bruto material, Zé Celso revisita a gênese de suas obras, narrando com paixão e detalhe o percurso artístico que marcou o teatro brasileiro. O filme registra o material bruto dessa conversa performática, onde o artista encena, reflete e se entrega diante da câmera, revelando o corpo e a palavra como forças centrais de sua arte.

FICHA TÉCNICA

Direção: Jura Capela
Roteiro e montagem: Jura Capela e Rodrigo Lima
Edição de som: Damião Lopes
Trilha sonora: Secim P.S
Elenco: José Celson Martinês Correia

JURA CAPELA

Cineasta, roteirista e produtor nascido em Recife em 1976, Jura Capela integrou grupos artísticos como o coletivo Telephone Colorido, com o qual fez a codireção do curta-metragem Resgate cultural – O filme (2001). Dirigiu o curta-metragem Copo de leite (2005) e é codiretor do média-metragem Schenberguianas (2005). Seu primeiro longa foi Paranã-Puca – Onde o mar se arrebenta (2010), seguido do filme musical Jardim Atlântico (2012) e da livre adaptação de A serpente (2016), baseado na obra do escritor Nelson Rodrigues; e o documentário Manguebit, sobre o movimento cultural dos anos 1990 na cidade do Recife.

Atravessa Minha Carne

Documentário, 83 min, Goiás, 2025, Livre

17 de setembro (quarta-feira)
• 15h no Cine Brasília – Sala Vladimir Carvalho
Exibição com legendagem descritiva e audiodescrição

SINOPSE

Filmagem do processo criativo da Quasar Cia de Dança em 2013 em Goiânia para a criação do espetáculo Por 7 vezes. A fabricação daqueles corpos olímpicos (o trabalho dos bailarinos de alta performance), diante da direção do coreógrafo Henrique Rodovalho, reencenou a relação entre cinema e dança. A dança, se oferece ao filme desde Loie Fuller, sublime, apolínea, e sendo sacrificada dionisicamente aos fantasmas da imagem. Como ex-bailarina, a cineasta voltava à sala de dança e ao palco e o que era documentado como processo, tornava-se, na montagem, não saber.

FICHA TÉCNICA

Direção e roteiro: Marcela Borela
Produção executiva: Belém de Oliveira, Marcela Borela, Wadih Elkadi
Produção: Wadih Elkadi, Luana Otto
Fotografia: Vinícius Berger
Som direto: Vasconcellos Neto
Edição de som: Belém de Oliveira
Mixagem: Lucas Coelho
Trilha sonora: Ricardo de Pina
Montagem: Henrique Borela, Rafael Parrode
Colorista: Alexandre Veras
Elenco: Quasar Cia de Dança. bBilarinos: Andrey Alves, Carolina Ribeiro, Daniel Calvet, Flora Maria, João Paulo Gross, José Vilaça, Marcos Buiati, Martha Cano, Paula Machado e Valeska Gonçalves. Coreógrafo: Henrique Rodovalho. Produtora: Vera Bicalho. Figurinista: Cássio Brasil. Diretor de arte: Shell Júnior

MARCELA BORELA

Cineasta, pesquisadora, educadora e curadora, dirigiu Mudernage (2010), Taego Ãwa (2016) e Mascarados (2020, codireção com Henrique Borela). Seus filmes foram exibidos em Tiradentes, Cinéma du Réel e Mar Del Plata, recebendo prêmios nacionais e internacionais. Foi diretora do Cine Cultura (2011–2013) e criou o Fronteira – Festival Internacional de Filme Documentário e Experimental. Formada em Comunicação (UFG), mestre em História e doutoranda na UFF, é professora no IFB.

Trailer

Uma baleia pode ser dilacerada como uma escola de samba

Ficção, 71 min, Rio de Janeiro, 2025, 14 anos

18 de setembro (quinta-feira)
• 15h no Cine Brasília – Sala Vladimir Carvalho
Exibição com legendagem descritiva e audiodescrição

SINOPSE

Uma baleia pode ser dilacerada como uma escola de samba? Uma escola de samba pode ser dilacerada como uma baleia? Uma cidade pode ser reinventada por dentro de sua destruição? Obra híbrida criada na fricção entre fantasmas do cinema e miragens das artes visuais, Uma baleia… é uma canção de amor e ruína sobre o imaginário do Rio de Janeiro, contada pelos olhos de um homem periférico lidando com o colapso de sua escola de samba nos subúrbios da cidade. Fragmentos da história, ruínas de fábula, pedaços de corpos e do samba, fantasmas de amor; um filme-experimento concebido em colaboração com quatro artistas visuais do Rio, resultando em uma obra visual com dois formatos de apresentação: uma versão linear para apresentações especiais em salas de cinema e uma vídeo-instalação imersiva em quatro telas simultâneas.

FICHA TÉCNICA

Direção: Marina Meliande e Felipe M. Bragança
Roteiro: Felipe M. Bragança
Elenco: Italo Martins, Matheus Macena, Raquel Villar, Márcio Vitto e Lux Nègre
Direção de fotografia: Guilherme Tostes e Tiago Rios
Montagem: Marina Meliande
Trilha sonora: Thiago Amud
Edição de som: Edson Secco

MARINA MELIANDE

Marina Meliande é diretora, produtora e montadora formada em Cinema pela UFF e mestre em Artes Contemporâneas pelo Le Fresnoy. Dirigiu longas premiados como A fuga da mulher gorila (Locarno), A Alegria (Cannes), Desassossego (Rotterdam) e Mormaço (Rotterdam), além das séries Sentença (Amazon Prime) e Anjo Loiro com Sangue no Cabelo (Canal Brasil).

FELIPE M. BRAGANÇA

Felipe M. Bragança, cineasta carioca e fundador da Duas Mariola Filmes, dirigiu Não devore meu coração (Sundance/Berlin) e Um Animal Amarelo (Rotterdam/Gramado), além de colaborar com Marina nos longas A fuga da mulher gorila e A Alegria.

Nimuendajú

Animação, 84 min, Minas Gerais, 2025, 14 anos

19 de setembro (sexta-feira)
• 15h no Cine Brasília – Sala Vladimir Carvalho
Exibição com legendagem descritiva e audiodescrição

SINOPSE

O filme conta a história de Curt Unckel, alemão que se tornou um dos maiores cientistas sociais do Brasil. Chegou ao país aos 20 anos e viveu até 1945, convivendo por 40 anos com povos indígenas. Batizado pelos guarani como Nimuendajú, “aquele que encontrou seu lugar no mundo”, abandonou seu sobrenome. Sua trajetória revela profundo respeito cultural e testemunho da perseguição de indígenas por latifundiários e pelo governo.

FICHA TÉCNICA

Direção: Tania Anaya
Roteiro: Anna Flávia Dias Salles, Jane Malaquias, Leandro Saraiva e Tania Anaya
Produção executiva – Brasil: Bruno Hilário, Kleber Gesteira e Matos, Luana Melgaço, Michelle Antunes, Tania Anaya e Tatiana Mitre
Produção executiva – Peru: Gabriel Bonilla
Direção de produção: Cissa Carvalho
Produção: Anaya Produções Culturais (Brasil)
Co-produção: Apus Animation (Peru)
Produção Associada: CineZebra (Alemanha)
Montagem: Fabian Remy
Direção de animação: Bruno Sommerfeld
Desenho sonoro e mixagem: Lucas Coelho
Direção de Arte: Angelo Abu
Música original: André Baptista
Elenco: Peter Ketnath como Curt Nimuendajú. O filme contou com a participação das comunidades Apinayé, Canela Rankokamekra e Guarani.

TANIA ANAYA

Tania Anaya é formada em artes plásticas (graduação e mestrado) pela UFMG, especializou-se em cinema de animação pelo Núcleo de Cinema de Animação de MG, em parceria Brasil-Canadá. Atua em desenho e audiovisual, com curtas, vinhetas e documentários. Lançou seu primeiro longa, Nimuendajú (animação), no Festival de Annecy, codirige O filho da puta e desenvolve a série stop motion Palmeiras do Alto.

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