FILMES

Informações sobre filmes do festival

MOSTRA COLETIVAS IDENTIDADES

Reforçando o espaço do Festival de Brasília como uma arena central para o debate dos grandes temas formadores das identidades brasileiras, esta mostra especial realizada neste ano apresenta três trabalhos radicalmente urgentes que demandam discussões e posicionamentos sobre algumas das questões mais prementes da nossa sociedade. Passeando pela questão da ocupação dos territórios em conflitos deflagrados, seja no Brasil profundo ou na Palestina, e passando pelas religiões e sua amplitude de presença midiática, a mostra faz chegar ao público do Festival um painel perturbador e pulsante, demonstrando que o cinema ainda pode exercer um papel essencial nos tempos atuais como um espaço de aprofundamento e pungência.

Pau d'Arco

Documentário, 90 min, Pará, 2025, 16 anos

17 de setembro (quarta-feira)
• 19h no Sesc 504 Sul

SINOPSE

Depois de sobreviver à chacina em que a polícia matou 10 sem-terras, a principal testemunha e seu advogado lutam por justiça e pelo direito à terra. Ao seguir seus passos, acontecimentos chocantes indicam uma possível tentativa de encobrir o crime.

FICHA TÉCNICA

Direção: Ana Aranha
Roteiro: Adriana Yañez e Ana Aranha
Produção: Mariana Genescá e Ana Aranha
Montagem: Daniel Grinspum e Tali Yankelevich
Direção de fotografia: Caue Angeli e Lunaé Parracho
Edição de som e mixagem: Fernando Ianni e Rodrigo “Funai” Costa
Trilha sonora original: Pedro Penna
Produção executiva: Ana Aranha e Mariana Genescá
Produtores associados: Ana Magalhães, Carlos Juliano Barros, Eliza Capai, Marcel Gomes

ANA ARANHA

Ana Aranha tem 20 prêmios por seu trabalho. Pau d’arco (2025) é seu primeiro longa, que estreou no festival É Tudo Verdade e foi premiado na Mostra Ecofalante e no Festival Guarnicê. Seu curta Relatos de um correspondente de Guerra na Amazônia (2023) venceu o prêmio Direitos Humanos de Jornalismo. Ana dirigiu ainda o curta Slaves to fashion, e fez a produção executiva e o roteiro de Jaci, vencedor do prêmio García Márquez e da Mostra Ecofalante.

Trailer

Notas Sobre um Desterro

Documentário, 79 min, Paraná, 2025, 16 anos

18 de setembro (quinta-feira)
• 19h no Sesc 504 Sul

SINOPSE

Filmagens feitas em 2018 com uma família brasileira-palestina na Cisjordânia evocam reflexões sobre colonização, apartheid e um desterro sem fim.

FICHA TÉCNICA

Direção: Gustavo Castro
Roteiro: Juliana Sanson, Ticiano Monteiro e Gustavo Castro
Montagem: Ticiano Monteiro
Produção: Juliana Sanson e Gustavo Castro
Produtores associados: Rafael Oliveira e Ticiano Monteiro
Direção de fotografia e câmera: Gustavo Castro
Produção (Palestina): Rafael Oliveira e Gustavo Castro
Produção executiva: Juliana Sanson
Produção executiva – LPG: Helen Bastos
Animações e design: Raro de Oliveira
Direção de arte (Curitiba): Jonas Sanson
Som direto: Gustavo Castro e Rafael Oliveira
Design de som, edição e mixagem: UG Audio – Ulisses Galetto
Música original: composições, arranjos, gravações e edições: Grace Torres
Participantes por ordem de aparição: Gustavo Castro, Mohammad Abdel Latif, Ruayda Rabah, Khaled Mohammad Hussein Abdel Latif, Jamile Abdel Latif, Jihad Mohamad, Habas, Ali Abur, Nicola Shaheen, Husney Wasef e Ualid Rabah

GUSTAVO CASTRO

Gustavo Castro é diretor, diretor de fotografia e editor. Realizou mais de 30 documentários sobre temas sociais na América do Sul, Amazônia e Oriente Médio. Dirigiu A fortaleza (2021) e as webséries Afegãos no Brasil (2022), Negritude Branquitude (2018) e Cidade ao redor: retratos da luta por moradia em Curitiba (2017). Em 2025, lança seu primeiro longa como diretor: Notas sobre um desterro, um filme-ensaio sobre a questão palestina.

Trailer

A Voz de Deus

Documentário, 85 min, São Paulo, 2025, Livre

19 de setembro (sexta-feira)
• 19h no Sesc 504 Sul

SINOPSE

Duas crianças pregadoras buscam uma vida melhor através da fé. Daniel, 17, lida com a frustração paterna: ele era a criança pregadora mais famosa do Brasil, mas à medida que cresce há cada vez menos interesse. João, por sua vez, está no auge: com 12 anos, possui um milhão de seguidores no Instagram e prega para multidões. Um ciclo que termina e outro que começa. Um país que não é mais o mesmo.

FICHA TÉCNICA

Direção: Miguel Antunes Ramos
Roteiro: Alice Riff e Miguel Antunes Ramos
Direção de fotografia: Alice Andrade Drummond e Léo Bittencourt
Trilha sonora: Arthur Decloet e Kiko Dinucci
Edição de som: Fernando Henna
Montagem: Yuri Amaral
Elenco: Daniel Pentecoste e João Vitor Ota

MIGUEL ANTUNES RAMOS

Miguel Antunes Ramos é realizador audiovisual. Dirigiu os curtas Um, dois, três, vulcão (2012), Salomão (2013), E (2014), A era de ouro (2014), O castelo (2015) e Comissão de vendas (2016), e os longas Banco imobiliário (2016), Filhos de Macunaíma (2019) e A flecha e a farda (2020). A voz de Deus (2025) é seu quarto longa. Atualmente, desenvolve o documentário Dragões da independência, sobre imagem, poder e tecnologia.