Tradicional mostra paralela do Festival que já acontece há algumas décadas, a mostra Festival dos Festivais se dedica a trazer para o público de Brasília filmes que foram estreados com destaque em outros eventos ao longo de 2025. Neste ano, ela apresenta cinco longas que saíram premiados em cinco eventos muito relevantes: a Mostra de Tiradentes, o Panorama Coisa de Cinema, o CachoeiraDoc, o In-Edit e o Olhar de Cinema. Todos os filmes são trabalhos de não-ficção, no entanto, caminhando por formatos e registros absolutamente diferentes, indo do cinema em primeiríssima pessoa ao retrato biográfico, destacando em primeiro plano personagens em relação direta com seus contextos geográficos específicos, interagindo com comunidades e paisagens determinantes em suas trajetórias.
15 de setembro (segunda-feira)
• 17h no Sesc 504 Sul
Depressivo. Virginal. Antibolsonarista. Cinéfilo. Religioso. Pornoteórico. Centrípeto. Vegetariano. Amante da literatura. Proto-suicida. Indiscreto.
Direção, fotografia, som e montagem: Fábio Rogério e Wesley Pereira de Castro
Cartaz: Gabi Etinger
Produção: Novos Olhares
Fábio Rogério é sergipano, botafoguense e pai de Rudá. É diretor de 20 de curtas e do longa Um minuto é uma eternidade para quem está sofrendo.
Wesley Pereira de Castro pesquisa produções brasileiras com foco no erótico. É membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Realizou curtas amadores e um longa-metragem com um documentário sobre sua sobrevivência durante a pandemia.
16 de setembro (terça-feira)
• 17h no Sesc 504 Sul
Dois meses após o falecimento de sua mãe Angélica, Safira viaja em busca de encontrá-la em outras paisagens. Num curso fluvial, o filme percorre cidades banhadas pelo Rio Paraguaçu (Bahia) e pelo Rio Alegre (Maranhão), para imergir em novas perspectivas sobre memória, tempo, nascimento, vida e morte.
Direção e roteiro: Safira Moreira
Produção: Flávia Santana e Safira Moreira
Produção executiva: Flávia Santana
Direção de fotografia: Safira Moreira e Bernard Lessa
Montagem: Tenille Bezerra
Trilha sonora original: Maestro Ubiratan Marques
Finalização de som: Tadeu Mascarenhas
Elenco: Safira Moreira, Angélica Moreira, Inaê Moreira, Tiganá Santana e Mateus Aleluia
Safira Moreira é diretora, roteirista e fotógrafa natural de Salvador (BA). Dirigiu os curtas-metragens documentais Travessia (2017), Nascente (2020), Alágbedé (2021) e Da pele prata (2025). Em 2021, desenvolveu o roteiro da série Olhares Negros, premiado através da Lei Aldir Blanc. É roteirista das séries Sobrepostas e Resíduo, ambas exibidas no Canal Brasil, e do documentário Mães do Brasil, exibido na Rede Globo em 2023, alcançando 15 milhões de espectadores. Cais (2025), seu primeiro longa-metragem, estreou mundialmente no 40º Festival Internacional de Cinema de Guadalajara. Na estreia nacional no 14º Olhar de Cinema, Cais conquistou os prêmios de melhor filme pelo júri, público e crítica.
17 de setembro (quarta-feira)
• 17h no Sesc 504 Sul
A turbulenta cidade de São Paulo reúne a maior população indígena do Brasil. Foi nos seus subúrbios que Auritha decidiu recomeçar a vida. Contadora de histórias, ela parece estar finalmente perto de se erguer e reconstruir uma família – contudo, os tormentos de suas ancestrais permanecem entre suas descendentes.
Direção e roteiro: Auritha Tabajara e Débora McDowell
Direção de fotografia: Brunno Regis
Direção de arte: Bea Morbach
Trilha sonora: Brisa Flow
Edição de som: Edson Secco
Montagem: André Morbach e Brunno Regis
Elenco: Auritha Tabajara
Auritha Tabajara, cearense radicada em São Paulo há 15 anos, é cordelista e autora de Coração na aldeia, pés no mundo, tornando-se a primeira cordelista indígena do Brasil. Participou da Flip, Bienal do Livro do Ceará e outros eventos literários nacionais. A mulher sem chão marca sua estreia no cinema como diretora e roteirista.
Débora McDowell é jornalista e cineasta paraense. Realiza produções permeadas por debates contemporâneos de gênero e território, como no longa Transamazonia (2019), e no curta Não serei interrompida (2019), sobre o legado de Marielle Franco.
18 de setembro (quinta-feira)
• 17h no Sesc 504 Sul
Mãe e filho descobrem juntos como filmar a vida dentro de casa. A trajetória de Inez é percorrida em diferentes tempos enquanto Aristótelis registra o cotidiano. A câmera se torna um elo entre tempo e espaço, permitindo aos dois continuar sonhando.
Direção: Aristótelis Tothi e Inez dos Santos
Roteiro: Aristótelis Tothi, Iris Oliveira, Inez dos Santos
Produção executiva: Cecília Brito
Câmera e som: Aristótelis Tothi
Montagem e edição: Iris
Elenco: Inez dos Santos
Aristótelis é negro, realizador e técnico audiovisual e colagista. Sócio na produtora Dafuq Filmes, cocriador do selo afirmativo Filmes de Preto e associado à Apan. Roteirista e diretor dos curtas A câmera de João (2017), Frescor Marine (2019) e Búfala (2021).
Inez é negra, cozinheira, artesã e atriz. Protagonista de Memória do movimento de um corpo ancestral e Búfala, premiado como melhor filme experimental, no Fica 2021 e melhor filme experimental no Festival de Cinema de Triunfo 2024.
19 de setembro (sexta-feira)
• 17h no Sesc 504 Sul
O documentário apresenta, com afeto e intimidade, a trajetória do maestro que deixou um legado inestimável para a música do Brasil e do mundo.
Direção e roteiro: Iris de Oliveira e Day Sena
Montagem: Iris de Oliveira
Produção musical/ trilha: Alê Siqueira
Produção: Claudia Lima
Produção executiva: Mariana Vaz
Direção de fotografia: Pablo Nóbrega e João Tatu
Desenho e finalização de som: Eduardo Ayrosa
Elenco: Letieres Leite, Maria Bethânia, Lenine, Bruno Giorgi, Russo Passapusso, Marileide Alves, Jorge Helder, Gilberto Gil, Fabricio Mota, Duda Almeida, Géssica Omi, Gabi Guedes, Washington Santana, e coreografia de Nara Couto.
Iris de Oliveira é montadora e cineasta com mais de 20 anos de experiência, editando longas premiados como Diários de classe e Maestrina da favela, séries para GNT, Canal Futura e Music Box, além de dirigir Acervo Zumvi – O levante da memória. Roteirista, fotógrafa e educadora, atua em cinema negro, experimental e documentário.
Day Sena, diretora e produtora baiana, dirigiu mais de 80 obras, incluindo É d’Oxum, e lidera a Salamandra Produções, com experiência em Netflix, Prime Video, Canal Brasil, TVE e HBO.