A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, em parceria com o Instituto Alvorada Brasil, realizou neste sábado (20/09), a cerimônia de premiação do 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O evento reuniu um público de 39 mil pessoas ao longo dos 9 dias de atividades e distribuiu um total de 50 prêmios aos filmes e profissionais participantes da seleção.
Mais tradicional e longeva mostra cinematográfica do país, a edição que marca os 60 anos da fundação do festival premiou com o Troféu Candango, na Mostra Competitiva Nacional de melhor longa-metragem, “Futuro Futuro”, pelo júri oficial. A produção gaúcha do diretor Davi Pretto ainda levou os prêmios de Melhor Roteiro, Montagem e Menção Honrosa para o ator Zé Maria Pescador.
“Corpo da Paz”, de Torquato Joel, arrematou os demais troféus técnicos de longas (Melhor Edição de Som, Trilha Sonora e Direção de Arte). Já o público preferiu “Assalto à Brasileira”, de José Eduardo Belmonte, eleito pelo júri popular, em votação ao final das sessões, como melhor longa.
Dentre os curtas, o grande vencedor foi “Laudelina e a Felicidade Guerreira”, que arrematou o Candango de melhor filme pelo júri oficial, além de Melhor Montagem e os prêmios Zózimo Bulbul e Abraccine (júri da crítica). “Couraça” foi o favorito do público. Também ganharam destaque os curtas “Replika” (Melhor Edição de Som e Diração) e “A Pele do Ouro” (Melhor Roteiro e Fotografia).
Na Mostra Brasília, em disputa pelo 27º Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal, os filmes vencedores dividiram os R$ 290 mil em prêmios oferecidos pela CLDF. O grande vencedor foi “Maré Viva, Maré Morta”, de Cláudia Daibert, melhor longa tanto do júri oficial como do júri popular, além de ser lembrado por melhor edição de som e pelo Prêmio Sesc.
Rainha, melhor curta pelo júri popular, e “Três”, melhor curta pelo júri oficial. “Rainha ainda levou os prêmios de Montagem e Trilha Sonora. E um dos grandes destaques da competição foi a atriz Tuanny de Araújo, que recebeu o Candango por sua atuação em dois filmes concorrentes: “Terra” e “Notas Sobre a Identidade”.
Julgados por um júri internacional, em parceria inédita com a Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci), os filmes vencedores do Troféu Candango na Mostra Caleidoscópio foram “Uma Baleia Pode Ser Despedaçada Como uma Escola de Samba”, eleito melhor longa. O Júri Jovem da UnB subiu ao palco para escolher o seu favorito da Caleidoscópio, que foi agraciado com o prêmio Jean-Claude Bernardet: “Atravessa Minha Carne”, de Marcela Borela.
Ao final da premiação, o Festival de Brasília concedeu o Troféu Candango pelo Conjunto da Obra a Fernanda Montenegro, que foi a primeira a receber o prêmio de Melhor Atriz no festival, em 1965. Dona Fernanda, aos 95 anos, não pôde vir e enviou um vídeo de agradecimento.
Em 2025, a programação soma 80 filmes, entre curtas e longas-metragens, escolhidos de um total de 1702 produções inscritas. Todas as sessões realizadas no festival tiveram 100% de acessibilidade, com recursos para inclusão de pessoas cegas, pessoas surdas e com adequação dos espaços físicos para acessibilidade motora.