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Entre as sessões especiais, quatro títulos complementam as exibições. O clássico “Xica da Silva” (1976) de Cacá Diegues ganha exibição única em homenagem aos 80 anos de Zezé Motta. André Luiz Oliveira também exibe um clássico, “Meteorango Kid: Herói Intergalático” (1969) em cópia restaurada e ainda inédita.
“Procura-se Meteorango Kid – Vivo ou Morto” (2023), de Marcel Gonnet, em homenagem ao clássico do diretor candango, também ganha sessão no festival, resgatando o processo de produção e o impacto do clássico de Oliveira. E “Sinfonia da Sobrevivência” (2024), de Michel Coeli, chama a atenção para a crise climática que atravessamos no país, com foco especial no desastre ambiental do Pantanal.
Direção: André Luiz Oliveira
Bahia, Ficção, 85 minutos, 1969
Não recomendado para menores de 18 anos
1 de dezembro (domingo)
18h no Cine Brasília – Sala 1
As aventuras de Lula, um estudante universitário, no dia do seu aniversário. De forma despojada, anárquica e irreverente, o filme apresenta um jovem representante de uma geração oprimida pela ditadura militar e pela moral retrógrada de uma sociedade passiva e hipócrita que ele rejeita com radicalidade. Lula, no seu desespero melancólico, sem limite ou respeito às regras estabelecidas de qualquer ordem, atravessa o labirinto cotidiano fumando maconha e transgredindo, em meio a fantasias e delírios libertários, deixando atrás de si um rastro de inconformismo e um convite à rebelião. O filme estreou no Festival de Brasília em 1969, onde recebeu o Prêmio Especial do Júri, Opinião Pública (Melhor Filme segundo o público) e Prêmio OCIP. A cópia restaurada em 4K será exibida pela primeira vez em Brasília.
Direção e roteiro: André Luiz Oliveira
Direção de fotografia: Vito Diniz
Direção de produção e montagem: Marcio Cury
Música: Moraes Moreira, Luiz Galvão e Paulinho Boca de Cantor
Elenco: Antonio Luiz Martins, Manuel Costa (Caveirinha), Antonio Carlos Vieira, Nilda Spenser, Milton Gaúcho, Ana Lúcia Oliveira
Cineasta, músico e roteirista. Realizou curtas, médias e longas-metragens, além de shows musicais e trilhas sonoras para filmes. Em 1969 dirige seu primeiro longa, “Meteorango Kid, Herói Intergalático”, seguido por “A Lenda de Ubirajara” (1975), “Louco por Cinema” (1994) e “Sagrado Segredo” (2009). De 2009 a 2022 dedica-se a um ciclo de documentários: “Cozinheiro do Tempo”, “O Ferreiro de Exu”, “Zirig Dum Brasília”, “O Outro Lado da Memória”, “Mito e Música” (com Rama de Oliveira) e “Meu Amigo Lorenzo”. Em 2022 retornou à ficção com “Ecos do Silêncio”.
Direção: Cacá Diegues
Rio de Janeiro, Ficção, 115 minutos, 1976
Não recomendado para menores de 16 anos
1 de dezembro (domingo)
19h no Cine Brasília – Sala 2
Na segunda metade do século XVIII, a Coroa Portuguesa instituiu para o distrito Diamantino um sistema de Contratos que garantia o monopólio da extração de pedras preciosas a um capitalista português escolhido pelo rei. O mais famoso desses contratadores foi João Fernandes de Oliveira que acabou por descobrir lavras riquíssimas nos rios e nas montanhas da região. Sua imensa fortuna começou a se tornar incômoda para Lisboa, principalmente pelo seu casamento com Xica da Silva, escravizada alforriada com quem João se junta por amor. Uma rainha negra, talvez mais rica que a coroa, tem seu esposo deportado para Portugal e passa a enfrentar os impropérios de toda uma cidade contra sua ascensão.
Direção: Carlos Diegues
Elenco: Zezé Motta, Walmor Chagas, Altair Lima, Elke Maravilha, Stepan Nercessian, Rodolfo Arena, José Wilker, Marcus Vinicius, João Felício dos Santos, Dara Kocy, Adalberto Silva, Julio Mackenzie, Beto Leão e mais
Produção: Jarbas Barbosa
Produção executiva: José Oliosi
Equipe de produção: José Oliosi, Airton Correa, Rubio de Oliveira, HelioBarão, Luis Felipe, Francisco Martins, João F. Mota e Super Jorge
Argumento e roteiro: Carlos Diegues e João Felício dos Santos
Baseada no romance “Memórias do distrito de Diamantina”, de João Felício dos Santos
Diretor assistente: Paulo Sérgio Almeida
Continuidade: Ana Borges
Coreografia: Marlene Silva
Direção de fotografia e câmera: José Medeiros
Assistência de câmera: Dutra
Fotografia de cena: Rui Medeiros
Eletricista: Adhemar
Maquinista: Joaquim Azevedo
Mixagem: Vitor Raposeiro
Efeitos especiais de som: Luis Carlos Saldanha e Antonio Cesar
Direção de dublagem: Edson Silva
Montagem e edição: Mair Tavares
Assistente de montagem: Carlos Brajsblat
Direção de arte, figurinos e cenografia: Luis Carlos Ripper
Letreiros: Rubens Richter e Rudi Bohm
Música: Roberto Menescal e Jorge Ben
Trilha musical: Roberto Menescal
Produção: J.B. Produções Cinematográficas Ltda.; Distrifilmes Ltda.
Coprodução e distribuição: Embrafilme – Empresa Brasileira de Filmes S.A.
Produtoras associadas: Terra Filmes
Diretor de cinema, roteirista, ensaísta e produtor. Fez parte da geração de jovens cineastas que entre as décadas de 50 e 60 iniciaram o movimento do Cinema Novo. É autor de diversos títulos entre longas-metragens, curtas e documentários como os clássicos “A Grande Cidade” (1966), “Xica da Silva” (1976), “Bye Bye Brasil” (1980), “Deus é Brasileiro” (2003) e “O Grande Circo Místico” (2018).
Direção: Marcel Gonnet e Daniel Fróes
Bahia, Documentário, 99 minutos, 2022
Não recomendado para menores de 14 anos
2 de dezembro (segunda)
19h no Cine Brasília – Sala 2
“Meteorango Kid – Herói Intergalático”, de André Luiz Oliveira, é um cult-movie premiado no Festival de Brasília de 1969, feito na Bahia e censurado pela ditadura. “Procura-se Meteorango Kid: vivo ou morto” é um documentário sobre este filme e seus efeitos na vida de outras gerações de artistas. André Luiz e o músico Tuzé de Abreu, em companhia de amigos da geração que curtia adoidado, nos guiam nessa procura e revelam os mistérios da invenção desse personagem-ícone da juventude contracultural.
Produção executiva: Daniel Fróes
Direção de produção: Daniel Fróes e MArcel Gonnet
Roteiro: Rafael Dias
Direção de fotografia: Marcel Gonnet e Daniel Fróes
Mixagem: Ricardo Mansur
Montagem: Ricardo Moreira
Distribuição: CinebrasilTV e Ideograma Filmes
Elenco Principal: André Luiz Oliveira, Tuzé de Abreu, Lula Martins, Marcelo D2, Walter Carvalho, Danielle Grimm
Captação de Som: Marcel Gonnet, Daniel Fróes e Rafael Dias
Integra a Asociación de Documentalistas Argentinos (DOCA). Dirigiu quatro documentários longa-metragem: “Valdenses” (2015), “El trotskismo bárbaro” (2015), “Claudia” (2010) e “El Provocador”, primeiro filme em portunhol (2010).
Roteirista, produtor e diretor. Possui trabalhos em diversas áreas do audiovisual, com destaque para produtos televisivos, sendo co-roteirista das séries infantis “Auts”, “Pequenos Narradores” e “Galera da Praia”.
Direção: Michel Coeli
Mato Grosso/Rio de Janeiro, Documentário, 74 minutos, 2024
Não recomendado para menores de 10 anos
7 de dezembro (sábado)
11h no Cine Brasília – Sala 1
Em meio às chamas do mais violento incêndio florestal que atingiu o Pantanal, o diretor Michel Coeli testemunha de forma imersiva a luta dos animais por sobrevivência em busca de água e comida. Bombeiros e voluntários tentam minimizar os impactos do desastre enquanto enfrentam o fogo incontrolável e as burocracias do Estado.
Direção: Michel Coeli
Roteiro: Gabriela Rabaldo, Michel Coeli e Renato Vallone
Produção executiva: Gabriela Rabaldo, Teresa Bracher e Michel Coeli
Trilha original: Fred Ferreira
Fotografia e câmera: Michel Coeli
Câmera adicional: Cesar Leite
Montagem: Michel Coeli
Colaboração de montagem: Renato Vallone
Design de som: Fernando Aranha
Mixagem: Bernardo Adeodato
Foley: Felipe Marques
Participação especial musical: Livia Nestrovski
Colorista: Gabriel Camacho
Consultoria: Ángel Diez e Milosz Wieckowski
Diretor e fotógrafo formado pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Criou e dirigiu a série “Que Mundo É Esse?” (GloboNews) tendo filmado em mais de 50 países. Registrou momentos marcantes como as guerras do Iraque, da Síria, da Ucrânia, a crise dos refugiados na Europa, a caça de marfim no Kenya e a de baleias em Faroes Island. Seu curta “No Olho Do Furacão” sobre as manifestações no Brasil em 2013 foi exibido no International Film Festival and Forum on Human Rights, em Genebra.
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