Mostra A Formação dos Brasis

A mostra A Formação dos Brasis nos reforça a tendência histórica do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro de refletir sobre os grandes temas da nossa sociedade e cultura, ao reunir quatro filmes que ajudam a entender aspectos formadores das mesmas. Seja através do retrato de artistas fundamentais, seja através de figuras históricas importantes a quem a historiografia oficial não deu a devida importância, seja por uma reflexão sobre a realidade contemporânea nas escolas secundárias brasileiras, que forma os Brasis de amanhã, passeamos por espelhos complexos e multifacetados de quem somos.

Eduardo Valente
Diretor Artístico da 57ª edição

Barreto, Fotógrafo das Lentes Nuas

Direção: Miguel Freire
Rio de Janeiro, Documentário, 68 minutos, 2023
Classificação indicativa Livre

1 de dezembro (domingo)
15h no Cine Brasília – Sala 1

Sinopse

Luiz Carlos Barreto, o mais importante produtor do cinema brasileiro contemporâneo, nos fala de Nelson Pereira dos Santos no clássico longa-metragem “Vidas Secas” – considerado fundador do cinema novo brasileiro. O filme de Nelson leva a assinatura de Barreto como diretor de fotografia. Nessa entrevista, filmada em sua produtora, LC Barreto, mergulhamos na trajetória do cearense Luiz Carlos Barreto, do início como fotógrafo e jornalista, até sua transição definitiva para a fotografia e a produção de cinema. “Vidas Secas” traz a marca da inicial carreira de Barreto quando transporta de sua experiência jornalística uma estética despojada e crua da foto documental para o enredo dos filmes ficcionais. Por não usar filtragem e iluminação tradicionais do cinema feito em estúdio, utilizando apenas a luz natural e dispensando acessórios óticos, ficou conhecido como o fotógrafo das lentes nuas.

Ficha Técnica

Direção e Produção: Miguel Freire
Participação na Entrevista: Sergio Santeiro
Assistentes de Direção: Duda – Maria Eduarda D Elia De Oliveira
Direção de Fotografia: Paulo Castiglione
Assistentes de Fotografia: Estela Carvalho Veiga e Juan Carlos Goncalves Sampaio
Still: Juan Carlos Goncalves Sampaio
Som Direto e Edição de Som: Gabriel De Souza Vieira
Cor, letreiros e videografismo: Gabriel De Souza Vieira
Direção de Produção: Camila Garritano Ferreira
Assistentes de Produção: Duda – Maria Eduarda D Elia De Oliveira e Juan Carlos Goncalves Sampaio
Figurino, Maquiagem e cenografia: Clara Sasse Boran

Direção

Miguel Freire

Fotógrafo e cineasta.  Diretor, produtor e diretor de fotografia de diversos filmes de longa e curta-metragem, com destaque para direção do curta-metragem “O Criador de Imagens” (2007), do média-metragem “O Primeiro Saraceni” (2023), dos longas documentais “Santeiro” (2014) e “Barreto, o fotógrafo de lentes nuas” (2023). Autor dos livros “Fotografia Getuliana” (2016) e “O Criador de Imagens” (2018). Mestre e Doutor em Comunicação. Professor titular aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF).

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Ausente

Direção: Ana Carolina Soares
Minas Gerais, Documentário, 147 minutos, 2024
Não recomendado para menores de 10 anos

3 de dezembro (terça)
18h30 no Cine Brasília – Sala 2

Sinopse

Em Belo Horizonte, uma escola pública localizada no bairro Taquaril, retoma as aulas presenciais pós pandemia, aderindo ao novo ensino médio. Os servidores sobrecarregados acolhem uma juventude com muitas lacunas e se esforçam para manter a escola. A cada ciclo, as decisões políticas refletem no cotidiano, e a evasão cresce, tornando-se o grande problema desta comunidade escolar.

Ficha Técnica

Roteiro, direção e produção: Ana Carolina Soares
Produção executiva: Denise Flores e Ana Carolina Soares
Fotografia: Rafael Diniz (Fiel) e Mariana Borges
Som direto: Glaydson Mendes
Montagem: Carlos Henrique Roscoe e Ana Carolina Soares
Identidade visual: Karla Moreira
Assistente de produção: Laudimir Vieira
Câmera adicional: Fernanda Senna e Ana Carolina Soares
Colorista: Maisa Joanni, DAFB
Edição de som e mixagem: Henrique Staino
Edição de ambientes: Guilherme Abu-Jamra
Acessibilidade: Carlos Henrique Roscoe

Direção

Ana Carolina Soares

Roteirista, diretora e montadora, nestas funções trabalhou em TV, séries, webséries e filmes. Realizou os curtas “Logo Após” (ficção, 2018), “Estado Itinerante” (ficção, 2016) e “Lacarmélio” (documentário, 2010), exibidos em Mostras e Festivais nacionais e internacionais, sendo o segundo multipremiado, exibido em seis países em festivais como Clermont Ferrant, GIFF, FESAAP, entre outros. Integra a lista dos 100 melhores curtas brasileiros, eleitos pela ABRACINE. Produtora-fundadora na A Itinerante Filmes, é Bacharel em Cinema e Vídeo.

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Quem é essa mulher?

Direção: Mariana Jaspe
Bahia/Rio de Janeiro, Documentário, 70 minutos, 2024
Classificação indicativa Livre

5 de dezembro (quinta)
17h no Cine Brasília – Sala 2

Sinopse

Separadas por um século, duas mulheres negras se encontram neste road movie pelas estradas da Bahia. Oriunda da periferia de Salvador, Mayara rememora os caminhos, surpreendentes a cada nova descoberta, que a levaram a desvendar Maria Odília Teixeira, neta de uma ex-escravizada que se tornou a primeira médica negra do Brasil.

Ficha Técnica

Depoimentos: Mayara Priscilla de Jesus dos Santos, Marlene Santos, Iacy Maia, José Léo Lavigne, Karine Damasceno, Maria Lopes, Luan Alves, Eliana Pereira de Jesus, Maria Pereira de Jesus, Francisca de Araújo e Raimunda Pereira dos Santos
Direção: Mariana Jaspe
Roteiro: Mariana Jaspe, Muriel Alves
Produção executiva: Fernanda Bezerra e Mariana Jaspe
Direção de produção: Milena Pinheiro
Direção de fotografia: Fernando Marron
Som direto: Napoleão Cunha
Montagem: Ricardo Gomes
Realização: Maré Produções Culturais e Carne Filmes
Distribuição: Corpo Fechado

Direção

Mariana Jaspe

Soteropolitana, diretora e roteirista. Em 2023, lançou o curta-metragem “Deixa”, protagonizado por Zezé Motta, pelo qual venceu o Kikito de Melhor Direção no Festival de Gramado e o Prêmio Especial do Júri nos festivais de Vitória, Panorama de Cinema e Festival de Havana. Fez sua estreia no cinema com o curta-metragem “Carne”, lançado em 2018 e selecionado para mais de 30 festivais ao redor do mundo. Colaborou com Anna Muylaert no filme “A Melhor Mãe do Mundo”, ainda inédito.

Brasiliana: o Musical Negro que Apresentou o Brasil ao Mundo

Direção: Joel Zito Araújo
Minas Gerais/Rio de Janeiro, Documentário, 81 minutos, 2024
Não recomendado para menores de 12 anos

6 de dezembro (sexta)
17h no Cine Brasília – Sala 2

Sinopse

“Brasiliana: o musical negro que apresentou o Brasil ao mundo” apresenta a história e as histórias da companhia de teatro de revista Brasiliana, grupo de música, teatro e dança afro-brasileiros criado em 1949 no Rio de Janeiro, que se apresentou em mais de 90 países durante 25 anos de atividades. Com repercussão em grandes palcos do mundo e importância notável na construção da imagem do Brasil no exterior, um incômodo esquecimento marca a trajetória da companhia, completamente ignorada na historiografia cultural brasileira atual.

“Brasiliana: o musical negro que apresentou o Brasil ao mundo” resgata a história da Companhia de Teatro de Revistas, que percorreu mais de 20 países ao longo dos seus mais de 30 anos de atividade.

Ficha Técnica

Direção: Joel Zito Araújo
Pesquisa: Itamar Dantas
Roteiro: Joel Zito Araújo e Itamar Dantas
Direção de fotografia: Kiko Barbosa
Montagem: Daniel Couto, edt.
Som direto: Fabinho Ferreira
Produção executiva: Érida Ferreira e Nuno Godolphim
Produtora: Impulso Filmes

Direção

Joel Zito Araújo

Diretor e roteirista conhecido por tematizar o negro na sociedade brasileira. Sua obra inclui o livro e filme “A Negação do Brasil”, ganhador do É Tudo Verdade 2001, “Filhas do Vento”  (2005), ganhador de oito Kikitos no Festival de Gramado, e “Meu Amigo Fela” (2019), prêmio de melhor documentário do The Pan African Film & Arts Festival 2020, em Los Angeles, EUA. Joel Zito Araújo recebeu o troféu Eduardo Abelin, do Festival de Gramado de 2022, pelo seu trabalho em prol do cinema brasileiro.

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