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Mostra Competitiva Nacional celebra a diversidade na penúltima noite de exibições

Equipe do filme Salomé. Foto: Gustavo Alcantara

A noite de quinta-feira (5) foi marcada por filmes que abordam questões de gênero e sexualidade, a partir de diversas linguagens, que deixaram o público em êxtase no Cine Brasília. Nicolau, professor e diretor trans brasiliense, apresentou seu curta Descamar, sobre uma menina em meio à descoberta da puberdade. 

De Santa Catarina, o diretor Tiago Minamisawa estreou a animação em stop motion Kabuki (SC), sobre a busca de autoconhecimento da personagem presa em um corpo masculino. O longa Salomé (PE), de André Antonio, celebrou a diversidade de corpos em uma jornada centrada no feminino. 

Hoje, no último dia da Mostra Competitiva Nacional, o público assistirá aos curtas-metragens Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro, e E Seu Corpo É Belo, de Yuri Costa. Em seguida, o aguardado longa-metragem A Fúria, marca a conclusão da trilogia iniciada pelo veterano diretor Ruy Guerra em 1967, agora com codireção de Luciana Mazzotti.

As exibições acontecem gratuitamente às 20h na Cia. Lábios da Lua (Gama), Complexo Cultural de Planaltina e Faculdade Estácio do Pistão Sul (Taguatinga), e às 21h a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) no Cine Brasília. 

Fora das salas de cinema, as exibições são acompanhadas por show da cantora Pratanes e os DJs Wells e Jay Lee em Taguatinga; DJ New Way e grupo Omo Ayó em Planaltina; DJ Silvana e banda Lúpulo e Cereais Não Maltados no Gama; e as discotecagens dos DJs Fernando Rosa, Son Andrade e Chico Correa no Cine Brasília. 

4ª Conferência Audiovisual do Festival de Brasília recebe Juca Ferreira, Cármen Lúcia, Jandira Fegahli e Paulo Alcoforado (Ancine) em seu primeiro dia de atividades

A quinta-feira (5) foi marcada pela abertura da 4ª Conferência Audiovisual do Festival de Brasília, feita pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia. Com a presença do ex-ministro da Cultura e assessor da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Juca Ferreira, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ), e a prolífica produtora da Dezenove Sons e Imagens, Sara Silveira, o primeiro painel debateu “Audiovisual e Soberania Nacional”.

O ex-ministro Juca Ferreira pontuou sobre o tema que “nosso mercado está desestruturado e desregulamentado. As plataformas e empresas globais estão nadando de braçada no Brasil, chantageando nossos produtores, se apropriando indevidamente do direito autoral e patrimonial e transformando o cinema brasileiro, um dos cinemas mais importantes do mundo mesmo com todas as precariedades conhecidas, em prestador de serviço”. 

No período vespertino, os debates foram aquecidos por atividades sobre a regulação do Vídeo on Demand (VOD) e o Marco Legal dos Jogos Eletrônicos, tendo participações de Paulo Alcoforado (Ancine), André Basbaum (TV Record), MInom Pinho (Apaci), Pedro Tinen (pesquisador), André Saddy (SuperCaBEQs), Cibele Amaral (CONNE), Raquel Gontijo (Abragames), Igor Rachid (Abring) e outros.

A programação da 4ª Conferência Audiovisual segue até o dia 7 de dezembro com um total de dez paineis programados. Hoje acontecem os paineis “Inteligência Artificial no Audiovisual”, “Estratégias para a industrialização do audiovisual brasileiro”, “Audiovisual enquanto política de Estado, suas transversalidades e desenvolvimento regional”, além do “Encontro de Salas de Cinema Independentes”.

Conheça a programação completa aqui

Penúltima noite de Mostra Brasília tem manifestos políticos no palco e na tela

Apresentada pela atriz Juliana Drummond, a Mostra Brasília – 26º Troféu Câmara Legislativa manteve sua tradição de levantar provocações políticas no palco e na tela. As equipes dos filmes abordaram questões como racismo estrutural, o fim da escala 6×1 dos trabalhadores de base do audiovisual e a necessidade de incentivos às mulheres nas carreiras de fotografia no audiovisual.

O público lotou a Sala Vladimir Carvalho para acompanhar a estreia do novo curta do diretor Rafael Lobo, Xarpi; e o filme de estreia do ator João Campos como diretor e roteirista, Via Sacra. Longa da terceira noite, o documentário A Câmara, de Cristiane Bernardes e Tiago de Aragão, fechou a sessão e arrancou aplausos da plateia ao abordar as tensões, dinâmicas e articulações de deputadas que atuam no parlamento brasileiro.

Hoje, no último dia de competição, a Mostra Brasília contará com a exibição do  curta experimental Cemitério Verde, de Maurício Chades, a animação Kwat e Jaí – Os bebês Heróis do Xingu, de Clarice Cardell, e o longa Tesouro Natterer, novo documentário do premiado cineasta Renato Barbieri. As exibições acontecem às 18h no Cine Brasília, na Cia. Lábios da Lua (Gama), Complexo Cultural de Planaltina e Faculdade Estácio do Pistão Sul (Taguatinga). 

Mostras paralelas também chegam ao último dia

Na programação desta sexta-feira (6), o público assiste gratuitamente a grandes filmes no último dia de exibições das mostras paralelas Caleidoscópio, A Formação dos Brasis e Festival dos Festivais. 

Às 15h, na Sala Vladimir Carvalho, a mostra competitiva Caleidoscópio tem sua última sessão, exibindo Topo, de Eugenio Puppo, documentário que se passa em uma pequena cidade portuária no litoral de São Paulo, flagrando a partir de histórias pessoais de Edivaldo e Iara, os impactos da acelerada transformação da paisagem local, com obras de infraestrutura e desenvolvimento turístico, na vida cotidiana. 

Às 17h, na Sala de Cinema 2, Joel Zito Araújo volta a Brasília com o filme Brasiliana: O Musical Negro que Apresentou o Brasil ao Mundo, pela mostra A Formação dos Brasis. A produção acompanha as histórias da companhia de teatro de revista Brasiliana, grupo de música, teatro e dança afro-brasileiros criado em 1949 no Rio de Janeiro, que se apresentou em mais de 90 países durante 25 anos de atividades, e de alguma forma projetou as identidades brasileiras para o mundo.

Às 19h, também na Sala de Cinema 2 e pela mostra Festival dos Festivais, o longa-metragem de ficção Oeste Outra Vez, de Erico Rassi, conta a história de  homens que não conseguem lidar com suas fragilidades e são constantemente abandonados pelas mulheres que amam, filmado em meio ao sertão do Goiás.

SERVIÇO –  57º FESTIVAL DE BRASÍLIA DO CINEMA BRASILEIRO

Data: Até 7 de novembro

Local: Cine Brasília (106/107 Sul), Cia. Lábios da Lua (Gama), Centro Universitário Estácio (Pistão Sul, Taguatinga) e Complexo Cultural de Planaltina.

Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) somente para as sessões da Mostra Competitiva Nacional no Cine Brasília. Entrada franca mediante retirada prévia de ingressos para as demais sessões.

Programação completa: festcinebrasilia.com.br.

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